Os primeiros relatos ocidentais sobre o yeti no Ocidente foram publicados por exploradores do Himalaia: B. H. Hodgson, cujo guia, no norte do Nepal, viu fugir uma criatura bípede de pelo escuro (que Hodgson pensou ser um orangotango) e o tenente-coronel Laurence Austine Waddell, que viu grandes pegadas que seu guia atribuiu a uma criatura peluda parecida com um macaco, que Waddell concluiu ser um urso.
O rótulo de "Abominável Homem das Neves" foi cunhado pela imprensa em 1921, quando o tenente-coronel Charles Howard-Bury liderou a expedição de reconhecimento do Everest da Royal Geographical Society. Em sua crônica, Mount Everest The Reconnaissance, 1921 Howard-Bury relata ter encontrado, ao cruzar o passo Lhakpa-la, a 6.400 metros, pegadas do que ele pensou ser um grande lobo a galope, que na neve macia formava um rastro duplo semelhante ao de um homem descalço. Ele acrescentou que seus guias sherpa disseram que as pegadas deviam ser do "Homem Selvagem da Neve", aos quais deram o nome de "metoh-kangmi", "homem-urso das neves". Henry Newman, colaborador do jornal The Statesman de Calcutá, entrevistou os carregadores da expedição quando voltaram a Darjeeling, entendeu erradamente a palavra metoh("homem-urso") como "sujo" ou "imundo" e substituiu-a em seu texto pelo eufemismo "abominável".
Em 1925, N.A. Tombazi, fotógrafo e membro da Royal Geographical Society, disse ter visto pessoalmente a criatura do alto, a 200 ou 300 metros de distância, perto da geleira Zemu, a 4.500 metros de altitude, como um bípede que mexia em moitas de rododendros. Duas horas depois, chegou ao local e viu pegadas de forma humana, com 15 a 18 cm de comprimento e 10 cm de largura.O interesse pelo yeti no ocidente atingiu o auge nos anos 50. Numa expedição ao Everest de 1951, o alpinista britânico Eric Shipton tirou várias fotografias de pegadas aparentemente humanóides na neve. Em 1953, em outra escalada, Sir Edmund Hillary e Tenzing Norgay também disseram ter visto grandes pegadas da criatura, que o segundo julgou ser uma espécie de macaco. Em 1954, o Daily Mail organizou uma expedição especialmente para procurar evidências do "Homem das Neves", do Everest ao Kangchenjunga, que fotografou pinturas simbólicas da criatura no monastério de Tengboche e fotografou pegadas inconclusivas. Também foi obtido, do monastério de Pangboche, um suposto escalpo de pelo avermelhado, cuja análise sugeriu tratar-se de pele das espáduas de algum animal. Era marcada por uma aresta da testa à nuca que não existe no crânio de nenhum animal conhecido, mas desde então foi incorporada na maioria das representações da suposta criatura.
Outras expedições foram feitas e outro suposto escalpo, uma pata e fezes de yeti encontrados e testados. O escalpo de 1960, obtido do monastério de budista Khumjung, mostrou ser feito de pele de goral (Nemorhaedus goral), caprino típico da região. A mão, possivelmente humana, foi perdida e as fezes não produziram resultados conclusivos. Outros testemunhos apareceram nos anos 70 e 80 e no início do século XXI. Amostra de pelos obtidas em uma expedição ao Butão de 2001, cuja análise de DNA foi inicialmente reportada como não relacionada a nenhum animal conhecido, foram depois identificadas como de ursos das espécies Ursus arctos e Ursus thibetanus.
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